Serviço Geológico do Brasil e Federação Brasileira de Geólogos discutem criação de Política Nacional de Investimento em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação dos Recursos Minerais

Iniciativa promoverá busca por novas tecnologias e inovações em produtos e serviços, além de agregar valor à cadeia produtiva da mineração




Nesta quinta-feira (22), o diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Inácio Melo, juntamente com Valdir Silveira, diretor de Geologia e Recursos Minerais, recebeu a visita de representantes da Federação Brasileira de Geólogos (FEBRAGEO). A reunião teve como finalidade discutir a criação de uma Política Nacional de Investimento em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação dos Recursos Minerais (PD&I do Setor Mineral).

Para Inácio, essa é uma oportunidade para promover a busca por novas tecnologias e inovações em produtos, serviços, métodos e técnicas, mas também agregar valor à cadeia produtiva da mineração: “A possibilidade de estabelecer esse marco regulatório pode proporcionar uma estrutura que incentiva as empresas e o setor público a alocarem recursos de forma mais eficiente e direcionada para o avanço tecnológico, a sustentabilidade e o desenvolvimento social”, enfatizou.

A ideia é impulsionar um investimento mínimo por parte das empresas que operam no setor, à semelhança do que já ocorre nos setores energético e de petróleo e gás.

De acordo com exemplos internacionais de sucesso, como Coreia do Sul, Israel, Suécia, Suíça, Japão, Finlândia e Alemanha, que investem anualmente mais de 3% do PIB em PD&I, a atividade almeja colocar o Brasil em um patamar de referência em inovação tecnológica e de patentes, além de fortalecer a indústria nacional. A Suécia, em particular, destaca-se como um modelo de integração entre universidades, empresas e governo para promover a inovação, a proteção ambiental e o desenvolvimento social.

Valdir ressaltou que a implementação de uma Política Nacional de Investimento em PD&I do Setor Mineral é crucial não apenas para assegurar a utilização eficiente e sustentável dos recursos minerais, mas também para posicionar a indústria mineral do país como líder global em competitividade e inovação: “Isso contribuirá significativamente para a redução da dependência de recursos naturais não renováveis, atraindo investimentos nacionais e estrangeiros e fomentando a criação de cadeias produtivas e indústrias associadas”.

O setor mineral – responsável por uma contribuição significativa ao PIB brasileiro e pela geração de empregos – enfrenta o desafio de superar a exportação de commodities com baixo valor agregado. A proposta de PD&I visa, portanto, desenvolver novos produtos e ampliar os mercados e aplicações econômicas de minerais como nióbio, grafeno e potássio.

Além disso, um aspecto fundamental da política é a busca por soluções tecnológicas para o gerenciamento sustentável de rejeitos e estéreis, alinhando-se com os princípios constitucionais de proteção ambiental e uso responsável dos recursos minerais. Essa ação representa um passo importante para modernizar o setor, demonstrando o compromisso da mineração brasileira com a inovação, a eficiência e o desenvolvimento social.

Com essa iniciativa, o Brasil tem a oportunidade de liderar o caminho na transformação do setor mineral, promovendo o crescimento econômico, o bem-estar social e a sustentabilidade ambiental.

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