Potencial das rochas vulcânicas de Santiago, para produção do pó de rocha, é avaliado por pesquisadoras do Serviço Geológico do Brasil

Terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Potencial das rochas vulcânicas de Santiago, para produção do pó de rocha, é avaliado por pesquisadoras do Serviço Geológico do Brasil

Os agrominerais silicáticos e remineralizadores são fertilizantes que têm ganhado crescente aceitação na agricultura brasileira


Adilson Dalmora com as geólogas do SGB Magda Bermann e Carla Klein na Pedreira Robalo (inativa), em Santiago (RS)

Avaliar o potencial geológico do município de Santiago (RS), para a produção de agrominerais silicáticos foi o objetivo de uma missão realizada recentemente pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) e liderada pelas geólogas Magda Bergmann e Carla Klein, do SGB, juntamente com o consultor Adilson Dalmora, contratado pela prefeitura. A equipe também buscou compreender o funcionamento de empresas já estabelecidas na região no setor de agregados para a construção civil.

Os agrominerais silicáticos e remineralizadores são fertilizantes que mostram aceitação crescente na agricultura brasileira. Seu uso é considerado uma prática agrícola sustentável, por empregar recursos minerais da própria região e por promover melhorias no solo, tanto na fertilidade química como nos índices físicos e na microbiota.

Isso quer dizer que além de fornecer nutrientes essenciais para as plantas, e ter potencial para substituir em parte os fertilizantes químicos, o uso de rochas próprias na forma de finos de britagem contribui para a melhoria da estrutura do solo, aumentando a capacidade de retenção de água e é capaz de promover a atividade biológica benéfica à agricultura.

De acordo com Magda Bergmann, a Lei de Fertilizantes do Brasil passou por modificações há alguns anos para incluir esta nova categoria de produtos, e hoje a eficácia do pó de rochas como fertilizante é amplamente reconhecida. “O uso dos remineralizadores tem sido amplamente adotado em diversas culturas, como soja, cana de açúcar e milho, e na recuperação de pastagens, em diferentes regiões do Brasil”, informou a geóloga.

Essa abordagem inovadora proporciona nutrição para as plantas, bem como promove a sustentabilidade agrícola e contribui para a saúde do solo. “Estamos testemunhando uma verdadeira revolução no manejo dos solos agrícolas, que está moldando o futuro da agricultura brasileira”, concluiu Magda.

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