Pesquisadores iniciam estudos que permitem identificar contaminação em rios e solo de municípios da Bahia

Terça-feira, 02 de abril de 2024

Pesquisadores iniciam estudos que permitem identificar contaminação em rios e solo de municípios da Bahia

Entre 1º de abril e 15 de maio, será realizado trabalho de campo em área da Bacia do Rio São Francisco, que abrange os três principais rios da região: Carinhanha, Formoso e Corrente

 Imagem mostra pesquisador durante coleta de sedimento no Rio Jequitaí (MG) (Foto: SGB/Divulgação)
Um novo estudo permitirá identificar possíveis contaminações nos rios e solo de 20 municípios do sudoeste da Bahia, que compõem a Bacia do Rio São Francisco. A partir desta segunda-feira (1), pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) – empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), percorrem as cidades para coletar amostras das águas dos rios, de sedimentos de fundo de rio e do solo da região para análises químicas. A área de estudo tem ao todo 80 mil km² e abrange os três principais rios da região: Carinhanha, Formoso e Corrente.

As ações são realizadas principalmente nos municípios de Correntina e Cocos, contemplando também Carinhanha, Coribe, Feira da Mata, Jaborandi, São Félix do Coribe, Serra do Ramalho, Baianópolis, Bom Jesus da Lapa, Brejolândia, Canápolis, Muquém do São Francisco, Santa Maria da Vitória, Santana, São Desidério, Serra do Ramalho, Serra Dourada, Sítio do Mato e Tabocas do Brejo Velho. Uma parte dos estudos ocorrerá no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, unidade de conservação.

Esse é o primeiro trabalho de campo do ano, do SGB, para levantamento geoquímico dentro do projeto Mapeamento Geoquímico de Baixa Densidade. “A importância desse trabalho é conhecermos a composição química das águas dos rios, dos sedimentos e do solo da região”, explica o pesquisador em geociências José Marmos. De acordo com ele, as análises permitem identificar se há elementos em quantidade superior ao permitido pela legislação, o que pode caracterizar contaminação, seja por fatores naturais ou pela ação humana.

As informações geradas a partir da pesquisa geoquímica podem ser aplicadas em diversos setores, como: agricultura, veterinária, saúde pública e monitoramento ambiental, além de apoiarem a elaboração de políticas públicas para o desenvolvimento regional. “O estudo também serve para prospecção mineral, pois por meio das amostras coletadas é possível detectar algum tipo de metal de interesse econômico para pesquisas detalhadas no futuro”, destaca Marmos.

As atividades ocorrem em duas etapas, sendo a primeira entre os dias 1º e 23 de abril, e a segunda entre 22 de abril e 14 de maio. Ao todo, 16 pesquisadores estão envolvidos. Serão coletadas amostras de água e sedimento de corrente em 345 pontos pré-definidos. Já a coleta de solo ocorrerá em 84 locais. As amostragens serão enviadas para a Rede de Laboratórios de Análises Minerais (Rede LAMIN) do SGB, que fará as análises químicas. Concluída essa etapa, as informações serão consolidadas em um atlas geoquímico.

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