Pernambuco terá quatro municípios atendidos por mapeamentos de áreas de risco

Quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Pernambuco terá quatro municípios atendidos por mapeamentos de áreas de risco

Serviço Geológico do Brasil iniciou, na terça-feira (27), estudos em Casinhas, Catende, Palmares e São Vicente Ferrer

Trabalho de campo no município de Palmares (PE)(Foto: SGB/Divulgação)
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) — empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME) — iniciou, na terça-feira (27), estudos em quatro municípios de Pernambuco para identificar áreas de risco e contribuir com ações de prevenção a desastres. As atividades ocorrem em Casinhas (que recebe pela primeira vez esse tipo de levantamento), e nas cidades: Catende, Palmares e São Vicente Ferrer, onde serão atualizados os mapeamentos elaborados em anos anteriores.

As ações integram o planejamento anual do SGB, que está inserido no Plano Plurianual 2024-2027 do governo federal. Estes são os primeiros municípios de Pernambuco contemplados por mapeamentos de áreas de risco em 2024. Ao longo do ano, outras cidades serão atendidas no estado e em todo o país.

O objetivo do trabalho é identificar em quais localidades estão casas e demais imóveis com potencial de sofrer danos por eventos geo-hidrológicos, como deslizamentos de terra, erosões ou inundações. Esse trabalho de campo é promovido com apoio das defesas civis municipais. “Com esses estudos, buscamos dar suporte aos municípios e estados para o desenvolvimento de ações que garantam mais segurança para as populações e previnam desastres”, explica o chefe da Divisão de Geologia Aplicada (DIGEAP), Tiago Antonelli.

Os levantamentos também dão suporte às políticas públicas habitacionais e de saneamento. Por esse motivo, são um importante instrumento para reduzir vulnerabilidades sociais e promover o desenvolvimento regional.

Trabalho de campo

Serão visitadas áreas pré-selecionadas pelo SGB e indicadas pelas defesas civis municipais. São vistoriados apenas setores com imóveis destinados à ocupação humana contínua, como casas, edifícios, hospitais, escolas e estabelecimentos comerciais. Ao longo do trabalho, novas áreas podem ser incluídas na avaliação.

Setores serão classificados como de “risco alto” ou “muito alto”, conforme as características (Foto: SGB/Divulgação)
O levantamento dessas áreas faz parte da segunda fase da execução do trabalho e está previsto para ser encerrado até 9 de março nesses municípios. Cumprida essa etapa, pesquisadores realizam a delimitação, classificação e caracterização dos setores de risco. Em seguida, vem a elaboração dos produtos. Por último, os dados são revisados e publicados para serem entregues aos gestores municipais e aos órgãos de defesa civil, nas esferas municipal, estadual e federal.

Nos relatórios, que devem ser disponibilizados em até dois meses após a conclusão das etapas anteriores, o SGB apresenta as informações sobre as áreas de risco identificadas nos municípios. Os setores são classificados como de “risco alto” ou “muito alto”, conforme as características. Além disso, os pesquisadores fazem recomendações de medidas que podem ser adotadas para erradicar ou reduzir os riscos existentes.

Ao longo do ano, outras cidades de Pernambuco e do Brasil serão atendidas por estudos do SGB que contribuem para prevenção de desastres.

Estudos publicados

O SGB já publicou Cartografias de Áreas de Risco Geológico para 103 municípios de Pernambuco, o que representa 55% do estado. Nessas cidades, vivem mais de 5,5 milhões de pessoas, que podem ser beneficiadas pela atuação do SGB. Em todo o país, já foram publicados estudos para mais de 1,6 mil municípios.

Para conferir as Cartografias de Risco Geológico, clique aqui.

Entenda mais

A Cartografia de Áreas de Risco Geológico consiste na identificação e caracterização das porções do território municipal com risco de sofrer perdas ou danos causados por eventos adversos de natureza geológica. Este estudo é elaborado em consonância com as diretrizes e objetivos estabelecidos pela Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, instituída pela Lei 12.608/2012. O objetivo é subsidiar a tomada de decisões assertivas relacionadas às políticas de ordenamento territorial e prevenção de desastres.

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