PDAC 2024: SGB apresenta publicação com potencial brasileiro para a produção de minerais classificados como estratégicos para o país

Segunda-feira, 04 de março de 2024

PDAC 2024: SGB apresenta publicação com potencial brasileiro para a produção de minerais classificados como estratégicos para o país

Segunda edição do documento “An Overview of Critical and Strategic Minerals Potential of Brazil” destaca produção de minerais essenciais para transição energética e segurança alimentar


O diretor apresenta a segunda edição da publicação An Overview of Critical and Strategic Minerals Potential of Brazil (Foto: Pablo Peixoto/SGB)

A segunda edição da publicação intitulada “An Overview of Critical and Strategic Minerals Potential of Brazil – Uma Visão Geral do Potencial de Minerais Críticos do Brasil”, elaborada por especialistas em geociências do Serviço Geológico do Brasil (SGB), foi apresentada no domingo (3) no maior evento mundial de prospecção mineral, o PDAC 2024 (Convenção Anual da Prospectors & Developers Association of Canada), realizado em Toronto.

O documento destaca o potencial brasileiro para 14 commodities minerais consideradas “estratégicas” pelo Ministério de Minas e Energia (MME), incluindo alumínio, cobre, cromo, ouro, grafita, minerais de lítio, níquel, fosfato, platina, potássio, Elementos Terras Raras, tungstênio, urânio e zinco.

Valdir Silveira, diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB, falou sobre a importância das informações geocientíficas consolidadas, que evidenciam o potencial do Brasil para ser grande produtor dos minerais fundamentais para a transição energética e segurança alimentar: “Esses dados são cruciais para o setor produtivo e para formulação de políticas públicas, pois facilita o planejamento estratégico de uma cadeia global de fornecimento de minerais críticos e engloba mapas com a localização exata dos depósitos minerais”, afirmou.

Além disso, o SGB fornece detalhes sobre depósitos minerais, recursos disponíveis e potencial geológico de uma determinada Província Mineral. Essas informações são direcionadas aos profissionais do setor produtivo e, em especial, aos investidores, reforçando a publicação como uma ferramenta essencial para promover a atração de investimentos para o setor mineral brasileiro.

A pesquisadora do SGB Sulsiane Souza Gaia enfatiza que o PDAC representa a maior convenção global sobre pesquisa mineral, mineração e desenvolvimento de projetos. Ela também ressaltou: “Nesta edição, realçamos o potencial brasileiro em minerais críticos para a transição energética e segurança alimentar, apresentando dados detalhados e reafirmando a posição de liderança do Brasil no panorama internacional dos minerais críticos”.

Para acessar a publicação completa, clique aqui.

Minerais críticos e estratégicos

Os termos “críticos” e “estratégicos” referem-se a minerais considerados essenciais para setores-chave da economia e da segurança de um país, que podem enfrentar desafios no abastecimento desses recursos. Muitas vezes, esses termos se sobrepõem.

Minerais críticos são aqueles cujo suprimento é considerado vital para o desenvolvimento econômico e tecnológico de um país, mas que enfrentam riscos significativos de escassez, devido a diversos fatores, como: geologia complexa, concentração da produção em poucos países, além de questões geopolíticas, ambientais, de substituição, de reciclagem, entre outros. Com isso, seus impactos na economia são maiores, em comparação com a maioria das outras matérias-primas.

Muitos países desenvolveram suas listas definindo os minerais críticos com o objetivo de orientar o investimento e priorizar a tomada de decisão para apoiar as cadeias de abastecimento. Os minerais considerados críticos podem mudar com o tempo, com base na oferta e na procura, no desenvolvimento tecnológico e na evolução das necessidades da sociedade.

Atualmente, alguns exemplos comumente reconhecidos de minerais críticos são lítio, níquel, cobalto, muitos Elementos Terras Raras, como neodímio e disprósio, entre outros.

Minerais Estratégicos são aqueles que desempenham um papel vital na segurança nacional e na capacidade de uma nação competir globalmente, em termos econômicos e tecnológicos. O acesso confiável a esses minerais é fundamental para manter a soberania e a competitividade.

Um exemplo disso é a segurança alimentar: a dependência excessiva de um pequeno número de fornecedores globais de fosfato pode representar riscos na segurança alimentar para países que dependem fortemente da importação desses recursos.

Ambos os conceitos refletem a necessidade de garantir um acesso estável a determinados recursos minerais cruciais para a prosperidade econômica e segurança de um país.

Site SGB-PDAC

O SGB criou um site especificamente desenvolvido para compilar os estudos que serão destacados durante o PDAC 2024. Acesse aqui.

Missão brasileira

O SGB é representado no PDAC 2024 pelo diretor de Geologia e Recursos Minerais, Valdir Silveira; a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT), Alice Castilho; pela assessora da DGM Lúcia Travassos; pela chefe do Departamento de Recursos Minerais (DEREM), Maísa Abram; pelos coordenadores executivos da DGM Maurício Pavan, Izaac Cabral e Eduardo Duarte Marques; pelo gerente de Geologia e Recursos Minerais da Superintendência Regional de Goiânia (SUREG-GO), Jônatas de Sales Macedo Carneiro; pelo coordenador executivo do Departamento de Gestão Territorial da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DEGET), Raimundo Almir Costa da Conceição; pelos(as) pesquisadores(as) em geociências Sulsiene Machado de Souza Gaia, Michele Cunha Graça e Eduardo Moussalle Grissolia (DGM); pelo assessor de Assuntos Internacionais, Rafael Duarte; pela assessora parlamentar da Presidência Sabrina Soares de Araújo Góis; e pelo assessor da Presidência Marcio José Remédio.

Também participam da Missão Oficial Brasileira à Convenção PDAC 2024 representantes da Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB), do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), da Câmara de Comércio Brasil-Canadá, em Toronto (BCCC), e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), além das empresas patrocinadoras.

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