Evento de geologia e mineração no México discute transição energética e ecologia

Objetivo foi destacar a importância dos serviços geológicos no apoio à transição para uma economia mais sustentável e de baixo carbono




A 29ª Assembleia Geral da Associação Ibero-Americana de Serviços de Geologia e Mineração (ASGMI), realizada no México, entre 8 e 12 de abril, foi um evento marcante, que reuniu representantes de diversos países para discutir questões-chave relacionadas à geologia e mineração, no contexto da transição energética e à ecologia.

O objetivo principal foi evidenciar a importância dos serviços geológicos no apoio à transição para uma economia mais sustentável e de baixo carbono. Este encontro anual serve como plataforma para a troca de conhecimento técnico e científico, além de promover colaborações entre os países participantes.

O diretor de Geologia e Recursos Minerais do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Valdir Silveira, fez uma avaliação geral sobre a ASGMI: “O encontro proporcionou uma oportunidade única para discutir, trocar ideias e destacar – perante a comunidade internacional – o potencial geológico e mineral do Brasil e de outros países. No contexto global atual, em que a transição energética é urgente e necessária, o conhecimento geológico se torna um aliado fundamental, com cada país desempenhando um papel importante”, destacou.

E acrescentou: “a diversidade geológica e mineral já reconhecida oferece uma janela de oportunidades para o setor mineral impulsionar a oferta de minerais estratégicos e críticos, essenciais para um modelo de economia circular e de baixo carbono”.




Já o assessor de Assuntos Internacionais do SGB Rafael Duarte comentou sobre os acordos propostos pela DGM, incluindo dois planos de trabalho: um na região de Madre de Dios, no Peru, focado em depósitos de ouro e ocorrência mineral, e outro no Chile, propondo visitas científicas e técnicas a depósitos e minas de cobre. São iniciativas essenciais para fortalecer laços e trocar conhecimentos sobre a identificação de minerais.

Duarte ressaltou que foi extremamente enriquecedor aprender sobre todos os assuntos que são tratados diariamente no SGB, mas sob a perspectiva dos países associados à ASGMI.

Outro ponto foi a possibilidade do SGB ser conhecido pelas suas atividades, ações, informações, bem como conhecer as diversas realidades de serviços geológicos de países com territórios bastante reduzidos – como Guatemala, Equador, Uruguai – e países com dimensões significativas – como Argentina e México – mas sobretudo de geologias que não são tão comuns ao Brasil, como as de Chile, Cuba e outros países.

“Então, ao mesmo tempo que essas realidades geológicas distintas desses países permitem aprender um pouco mais sobre as soluções que se encontram, também é importante entender como cada serviço geológico se estabelece, se organiza, tem o seu plano de negócios. Uma experiência muito rica em termos de identificação de oportunidades, aprendizagem, parcerias e colaborações”, enfatizou o assessor.

Os participantes deixaram o evento com uma perspectiva renovada sobre a importância da geologia na transição energética. A colaboração e o diálogo contínuos foram reconhecidos como essenciais para enfrentar os desafios ambientais e promover o desenvolvimento sustentável em escala global.

A assembleia reforçou a relevância dos serviços geológicos na agenda ambiental global, destacando como a geologia pode contribuir para soluções sustentáveis, além de contribuir para o avanço técnico e científico nas áreas de geologia e mineração.

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