Espírito Santo: 27 áreas de risco geológico são identificadas no município de Marilândia

Quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Espírito Santo: 27 áreas de risco geológico são identificadas no município de Marilândia

Cartografia de Risco Geológico, do Serviço Geológico do Brasil, já monitorou 77 municípios capixabas


Construções próximas do talude de corte na sede municipal

No Espírito Santo foram identificadas 27 áreas com risco geológico “alto” ou “muito alto”, associadas a deslizamentos e processos erosivos em três perímetros urbanos: Marilândia, Sapucaia e São Marcos, conforme aponta a Cartografia de Risco da região, realizada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB).

Grande parte dos setores de risco foi assim definida devido à possibilidade de atingimento de construções residenciais e comerciais por deslizamentos, pelo processo de edificação sem acompanhamento técnico especializado. Imóveis são erguidos muito próximos da crista ou da base de amplos taludes de corte, sem se observar questões relativas à segurança. Deslizamentos são deflagrados durante intensos ou prolongados períodos de chuva.

Sendo assim, é necessário monitorar e acompanhar com frequência, pois a morfologia da encosta, dinâmica hídrica e parâmetros do solo podem oferecer condições para novos eventos em áreas de risco ou em regiões vizinhas.

Em relação ao mapeamento anterior, realizado em 2014, os resultados atuais mostram que houve aumento nas áreas de risco no território municipal e diminuição no número de edificações e pessoas residentes nessas regiões. Portanto, o Índice de Setorização de Risco de Marilândia sofreu alteração com o novo mapeamento.

Veja aqui a Cartografia de Risco Geológico de Marilândia.

Áreas de Risco no Espírito Santo

Até outubro de 2023, o SGB já havia realizado cartografias de áreas de risco geológico em 77 municípios do Espírito Santos. Conforme as informações da base de dados do SGB, disponível aqui, foram identificados 1.076 setores que podem sofrer processos geológicos e mais de 324 mil pessoas que vivem em moradias de risco.

Políticas públicas para prevenção de desastres

O estudo apresenta sugestões para diminuição ou erradicação do risco geológico, como: desenvolver estudos geotécnicos e hidrológicos, com a finalidade de embasar projetos ou obras de contenção de encostas e medidas de controle de cheias e agir de modo preventivo nos períodos de seca, aproveitando a baixa no número de ocorrências para percorrer e vistoriar todas as áreas de risco conhecidas, adotando as medidas preventivas cabíveis.

O mapeamento realizado pelo SGB é essencial para subsidiar a tomada de decisões acertadas, relacionadas às políticas de ordenamento territorial e prevenção de desastres. Além disso, auxilia na definição de critérios para disponibilização de recursos públicos destinados ao financiamento de obras de prevenção e resposta a desastres. Dessa forma, o SGB contribui para reduzir vulnerabilidades sociais e impulsionar o desenvolvimento regional.

O SGB está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), em especial aos ODSs 1, 2, 9, 11, 12 e 13, que tratam respectivamente de:

• Erradicação da pobreza;

• Fome zero e agricultura sustentável;

• Indústria, inovação e infraestrutura;

• Cidades e comunidades sustentáveis;

• Consumo e produção responsáveis;

• Ação contra a mudança global do clima.

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