Celebrando a Ciência Inclusiva: o papel do Serviço Geológico do Brasil no Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

Segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Celebrando a Ciência Inclusiva: o papel do Serviço Geológico do Brasil no Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

Data contribui para aumentar a conscientização sobre a necessidade de criar um ambiente mais inclusivo e equitativo no mundo científico




O Serviço Geológico do Brasil (SGB), como uma instituição de ciência de renome, tem um papel fundamental na comemoração do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado em 11 de fevereiro. A inclusão e o reconhecimento das mulheres refletem o compromisso do SGB com os princípios de diversidade e inclusão, além de enfatizar e valorizar a contribuição essencial das mulheres na esfera científica.

A data visa promover a igualdade de acesso e participação no campo da ciência para mulheres e meninas, reconhecendo suas conquistas e enfrentando os desafios que ainda persistem, em termos de gênero, no setor científico.

Atento a esse cenário, o SGB tem o Comitê Pró-Equidade de Gênero, Raça e Diversidade, que visa promover a igualdade de oportunidades entre pessoas, diminuindo as diferenças que coloquem alguém em situação desprivilegiada. Dessa forma, vale ressaltar que as atuações assertivas do SGB têm, como foco, trazer inclusão e beneficiar, de forma direta, a vida dos colaboradores e funcionários.


Pesquisadora Cleide em atividade de campo na Bacia de Jatobá. Foto: Carlos Santos

Cleide Regina Moura, pesquisadora de geociências do SGB, declarou que: “como geóloga, negra, nascida e criada na periferia e geocientista, isso me enche de orgulho porque chegar até aqui foi muito difícil. Fiz graduação em geologia, mestrado e doutorado em geociências na UFPE, com pesquisa de fosfato. Entrei no SGB em 2007 e passei a maior parte desses anos pesquisando depósitos de fosfato”.

E acrescentou: “o tema foi muito emblemático para minha vida, considerando que nossa pesquisa objetivava entender a origem do fosfato para identificação de áreas potenciais para extração e uso na indústria de fertilizantes e, assim, ajudar na produção de mais alimentos. Alimentos que, por vezes, foram restritos na minha infância”.

Para Cleide, celebrar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência é pautar a igualdade de oportunidades sociais e de gênero. É celebrar as conquistas para romper as barreiras da representatividade.


Geofísica Michelle Cunha Graça durante atividade de campo em Guaporé. Foto: arquivo pessoal

Já Michelle Cunha Graça, geofísica formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 2013 e atuante na Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica do SGB, aborda os desafios enfrentados pelas mulheres na ciência, enfatizando a necessidade de comprovação de competência para obter reconhecimento.

Ela ressalta a importância do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, como um momento para destacar a falta de igualdade de oportunidades e a urgência de um ambiente mais diverso e equitativo.

Além disso, também destaca que ser pesquisadora lhe traz realização profissional e que, assim como muitas outras mulheres cientistas, vê na ciência não apenas uma carreira, mas uma vocação. “O dia visa promover uma reflexão sobre a melhoria das condições e oportunidades para mulheres na ciência, visando ambientes de trabalho mais justos e benéficos para a sociedade”, disse.

Comitê Pró-Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do SGB



O Programa busca disseminar novas concepções na gestão de pessoas e na cultura organizacional, combater as dinâmicas estruturais de discriminação e desigualdade de gênero e raça praticadas no ambiente de trabalho, promovendo a equidade de gênero, raça, diversidade e neurodiversidade, na promoção de igualdade de oportunidades na empresa, inclusive na ocupação de cargos de liderança e direção.

A coordenadora Nathalia Winkelmann destacou que o comitê trabalha pelo alinhamento do Serviço Geológico com o Programa de Pró-Equidade do Governo Federal, que segue para a sétima edição. “O SGB foi uma das empresas pioneiras a obter o selo de pró-equidade. Dentre as principais conquistas recentes, está a adesão da empresa ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas”, ressaltou.

Nathalia também informou que por meio do Comitê o SGB compõe a Rede Equidade com doze órgãos da administração pública, discutindo e implementando boas práticas inclusivas com Planejamento Estratégico conjunto.

“Seus onze projetos propõem a diversidade entre as pessoas e na cultura organizacional. Além disso, visam combater as dinâmicas estruturais de discriminação e desigualdade de gênero e raça praticadas no ambiente de trabalho, promovendo a equidade de gênero, raça, diversidade e neurodiversidade, na promoção de igualdade de oportunidades na empresa, inclusive na ocupação de cargos de liderança e direção”, explicou.

E complementou: "a importância dos projetos do comitê tem o potencial de gerar conscientização e mobilização para uma realidade complexa de compreender, da inclusão de gênero nas geociências. Isso porque as mulheres compõem menos de 30% do universo de pesquisadores no mundo, uma discrepância que atravessa gerações e que começa na infância. Os dados são ainda mais reveladores do que chamamos de teto de vidro, quando se considera as lideranças mais altas. Apenas uma diretora assumiu o Serviço Geológico desde o início da sua existência, há 54 anos".

Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br




  • Imprimir