Bacia do Rio Amazonas: maioria das estações mantém processo de enchente

Sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Bacia do Rio Amazonas: maioria das estações mantém processo de enchente

Serviço Geológico do Brasil divulgou, nesta sexta-feira (26), o 4º Boletim de Alerta Hidrológico, que apresenta informações sobre o nível dos rios em municípios monitorados

Orla de Manaus (Foto: Jussara Cury/SGB)
A chegada da estação chuvosa à Região Norte tem contribuído para elevação do nível dos rios em estações monitoradas pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). De acordo com o 4º Boletim de Alerta Hidrológico, divulgado pelo SGB nesta sexta-feira (26), os rios seguem em processo de enchente na maioria dos municípios.

No Alto Solimões, que é a cabeceira da Bacia do Amazonas, o rio iniciou a semana com descidas em Tabatinga (AM), mas voltou a subir em registros mais recentes. A última cota registrada foi de 9,47 m. “Em Itapéua (AM), o Solimões continua em processo de enchente, com subidas médias diárias da ordem de 2,4 cm. Em Manacapuru (AM), também apresenta elevações regulares da ordem de 4,6 cm”, indica o boletim. Nesses municípios, o rio alcançou a marca de 11,48 m e 12,65 m, respectivamente.

Em Manaus (AM), o Rio Negro registrou subidas regulares da ordem de 4 cm por dia e está em níveis considerados normais para o período, com cota de 20,95 m. A pesquisadora em geociências do SGB Jussara Cury observa que, na estação, o Negro tem seguido a tendência observada em 2023, o que pode sinalizar uma cheia de menor intensidade neste ano. As máximas em Manaus tendem a ser observadas nos meses de junho.

“Dessa forma, e considerando que os fenômenos climáticos tendem a permanecer até meados de junho de 2024, é possível que as cheias de 2024 não representem um grande evento e que, dependendo da recuperação da bacia, as descidas podem configurar uma nova vazante significativa para essa região”, explica Cury.

(Fonte: 4º Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Amazonas/SGB)
Já no Alto Negro, na parte norte da Bacia do Amazonas, em Tapuruquara (AM) e Barcelos (AM), o Rio Negro tem descido uma média de 2 cm por dia. Nessas cidades, as mínimas são registradas em fevereiro. As últimas cotas registradas foram: 3,10 m e 3,07 m.

Bacia do Rio Madeira: O rio voltou a subir em Porto Velho (RO) e alcançou a marca de 8,93 m. Segundo o boletim do SGB, também foram registrados aumentos acentuados em Humaitá (AM), que atingiu a marca de 17,83 m.

Bacia do Rio Amazonas: Conforme o monitoramento, o rio manteve o comportamento de enchente, com subidas regulares nas estações monitoradas, que estão com níveis próximos à faixa da normalidade para o período. As cotas são de: 7,40 m em Itacoatiara (AM), 2,74 m em Óbidos (PA), 3,05 m em Almeirim (PA), 3,26 em Santarém (PA) e 2,89 em Parintins (AM).

Bacia do Rio Purus: O Rio Acre, na cidade de Rio Branco (AC), apresentou subidas acentuadas nos registros mais recentes. A cota registrada foi de 8,25 m. Já em Beruri (AM), o processo de enchente segue, mas com redução da intensidade. Nessa estação, o rio está na marca de 14,43 m.

Bacia do Rio Branco: Na estação de Boa Vista (RR), o Rio Branco apresentou oscilações no processo de recessão. Os níveis estão na marca de 39 cm, abaixo da faixa da normalidade para o período. Em Caracaraí (RR), também ocorreram pequenas descidas ao longo da semana, sendo a cota atual de 93 cm. “A tendência é de recessão até o mês de fevereiro”, explicou Jussara.

Para conferir o boletim, clique aqui,

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