Cronologia da Água

Cronologia da Água

A ideia da cronologia da água é a de transmitir informações do Brasil e do mundo a respeito da preocupação do homem com o uso da água ao longo do tempo.

Ano 9000 a. C.

Potes de barro, não cozidos, surgem para armazenamento da água.

Ano 5000 a. C.

Construída uma represa pelos egípcios.

Ano 3750 a. C.

Construídas as galerias de esgoto em Nippur, na Índia.

Ano 3000 a. C.

Obtenção de água doce a partir de poços escavados.

Ano 2500 a. C.

Clarificação da água de abastecimento pelos egípcios utilizando sulfato de alumínio, filtragem através do carvão e uso de areia e cascalho para filtração da água.

Ano 625/558 a. C.

Primeiras concepções científicas e filosóficas da cultura ocidental, elaboradas pela Escola de Mileto, na Jônia. Tales de Mileto afirmou que a água era a origem de todas as coisas: a água era o princípio da natureza úmida e continente de todas as coisas, e a terra se encontrava sobre ela. A água seria a "physis", que significa gênese.

Ano 400 a. C.

Platão deu ênfase aos aspectos qualitativos da água, considerando a necessidade de disciplinar o seu uso e penalizando quem a causasse algum dano, pois a água era fundamental para as plantações.

Ano 350 a. C.

Aristóteles descreve o modo como se pode obter água doce a partir da água salgada por destilação. No entanto, passaram-se mais de 1.400 anos até que os mouros trouxessem essa ideia para a Europa Ocidental.

Ano 1453

Em Augsburgo, foram criadas leis rígidas de proteção dos mananciais para controlar a poluição dos rios que abasteciam a cidade.

Ano 1500

Início da construção dos sistemas de abastecimento de água nas cidades europeias.

Ano 1723

Construção do aqueduto da Lapa, no Rio de janeiro, que transportava água do Rio Carioca até o Largo da Carioca.

Ano 1781

Primeiro pesquisador a perceber a presença da água, ao fazer uso de uma máquina eletrostática utilizando "ar" e "ar inflamável" (hidrogênio), o cientista Henry Cavendish repetiu a experiência, concluindo que a "elasticidade do ar passava por uma redução de volume", além de notar a formação de gotas de água no recipiente.

Ano 1800

Decomposição científica de água em hidrogênio e oxigênio por eletrólise, pelo químico inglês William Nicholson.

Ano 1805

Joseph Louis Gay Lussac e Alexander von Humboldt mostraram que a água é composta de duas partes de hidrogênio e uma de oxigênio em volume.

Ano 1864

Concluído o sistema de coleta de esgoto moderno, baseado no modelo inglês, no Rio de Janeiro, quinta cidade do mundo a adotar esse sistema.

Ano 1896

Inicia-se a desinfecção da água com cloro na cidade de Pólo, costa italiana do Adriático, como medida de proteção contra doenças.

Ano 1904

Criada a Diretoria Geral de Saúde Pública pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz, para atender aos problemas de saúde na Capital Federal, atual Rio de Janeiro, bem como no restante do país.

Ano 1909

Criada a inspetoria de obras contra a seca.

Ano 1934

Criado o Código de Águas. É um texto legislativo, encaminhado à Câmara dos Deputados em 1907 sob a forma de projeto do Código de Águas. Por iniciativa do Poder Executivo foi editado pelo Decreto nº 24.643/34 e adaptado à Constituição de 1934 pelo Decreto-Lei nº 852/38 e por leis subsequentes. Dentro do entendimento da época, previu, em vários dispositivos, a proteção dos recursos hídricos e a preocupação em regulamentar o uso múltiplo de águas no Brasil.

Ano 1940

Criado o Código de Minas, Decreto-Lei nº 1985, de 29 de janeiro de 1940. Define os direitos sobre as jazidas e minas, estabelece o regime de aproveitamento e regula a intervenção do Estado na indústria de mineração, bem como a fiscalização das empresas que utilizam matéria-prima mineral. As águas como jazidas fazem parte da classe XI, incluídas no capítulo V, sendo portanto de competência da Agência Nacional de Mineração - ANM (antigo Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM) a fiscalização técnico-industrial de todas as empresas que comercializam água mineral, bem como das estâncias hidrominerais que a utilizam para fins terapêuticos.

Ano 1945

Criado o Código de Águas Minerais, Decreto-Lei nº 7841 de 08 de agosto de 1945. Ainda vigente no país, estabelece a classificação química, física e físico-química das águas minerais e as define como medicamentosas.

Ano 1951

Inicia-se o processo de fluoretação de águas para abastecimento. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro - CEDAE e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA atribuem a concentração mínima de 0,7 mg/L para água de abastecimento nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais respectivamente (dados de 2010).

Ano 1983

Seminário Internacional de Gestão de Recursos Hídricos: proposta do Ministério de Minas e Energia para criação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, prevista na Constituição Federal de 1988.

Ano 1991

A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento criou o documento preliminar da Conferência Mundial – Rio 92.

Ano 1992

Conforme relatório do Banco Mundial, em 22 países os recursos hídricos não chegam a 1.000 m³ per capita.

Conferência de Dublin – Conferência Internacional sobre Água e Meio Ambiente.

Conferência do Rio – Conferência das Nações Unidas para Meio Ambiente e Desenvolvimento, entre 13 e 14 e junho.

Ano 1997

Definição da Política Nacional dos Recursos Hídricos, Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997.

Ano 1998

Conferência Internacional sobre Água e Desenvolvimento Sustentável, ocorrida em Paris.

Foi verificado que ¼ da população mundial não tem acesso à água potável.

Ano 2000

Lei de criação da Agência Nacional de Águas – ANA, Lei Federal nº 9.984, de 17 de julho de 2000.

Água: chave para o desenvolvimento sustentável. Esse foi o tema da Conferência Internacional da Água de Bonn, realizada entre 3 e 7 de dezembro.

O Ano Internacional da Água é proposto pelo governo do Tajquistão e apoiado por 148 países na Assembleia Geral de 20 de dezembro de 2000. A Resolução nº 55/196 o regulamentou.

Ano 2004

Medida Provisória nº 165, de 11 de fevereiro de 2004. Dispõe sobre o contrato de gestão entre a Agência Nacional de Águas e as entidades delegatárias das funções de agência de água.

Ano 2009

O Serviço Geológico do Brasil – CPRM cria o Programa Recursos Hídricos Subterrâneos, que consiste em cadastramento, revitalização e instalação de poços; estudos e levantamentos da cartografia hidrogeológica; bem como implantação do Sistema de Informações de Águas Subterrâneas – SIAGAS.

Autores

Lauro de Oliveira Silva Júnior

Lucio Carramillo Caetano

Fontes

Macêdo Barros, Águas & Águas, 2004.

Wikipedia, acessado em 07/01/2010.

Pinto, U. R. Consolidação da Legislação Mineral e Ambiental. 11 ed., Brasília: Gráfica Valci, 2008.

DNPM, acessado em 27/01/2010.

SABESP, CEDAE e COPASA: contas de água fornecidas em janeiro de 2010.

Wagner Costa Ribeiro, Geografia Política da Água, Annablume, 2008.

Ministério do Meio Ambiente, SRH, Recursos Hídricos, Conjunto de Normas Legais, 2004.

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