Publicada em: 12/03/2015 às 15:06
Rede de Laboratórios de Análises Minerais - Rede LAMIN


Mercado de Água Mineral Brasileiro
Equipe Web

Produção Interna

Ao final de 2017, existiam 1.205 Concessões de Lavra de água mineral e potável de mesa ativas no país, cujos usos englobam envase, fabricação de bebidas e balneários. Desses, 567 complexos produtivos declararam envase de água mineral e 25 declararam uso para composição de bebidas industrializadas. Ao todo, 151 unidades produtivas estavam localizadas em São Paulo, 59 em Minas Gerais, 58 no Rio de Janeiro e 33 em Pernambuco.

Segundo dados apurados nos Relatórios Anuais de Lavra - RALs, a produção de água mineral envasada no Brasil em 2017 foi de 8,44 bilhões de litros, um decréscimo de 2,8% em relação a 2016. Esse volume corresponde a menos de 40% do consumo estimado no país pela consultoria BMC, o que pode indicar haver ainda subdeclaração da produção, considerando-se que o comércio exterior não é significativo. Conforme dados oficiais, em 2017, 73,3% do volume de água mineral envasada no país foi comercializado em garrafões retornáveis e 26,7% em embalagens descartáveis. Apenas nos estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul o volume envasado de garrafões foi menor que o de embalagens descartáveis, tendo estas respondido, respectivamente, por 54,3% e 59,8% do volume total de produção declarado nesses estados.

Em 2017, os estados que declararam maior produção de água envasada foram: São Paulo (20,8%), Pernambuco (9,3%), Bahia (7,0%), Ceará (6,5%), Rio Grande do Norte (6,3%) e Minas Gerais (5,1%). Foi declarado consumo de 2,1 bilhões de litros de água mineral para composição de bebidas, 5,3% a mais que no ano anterior. Os balneários declararam uso de 82,2 bilhões de litros de água mineral em 83 concessões, distribuídas pelos estados de Goiás (com 92,7% do volume utilizado declarado), Santa Catarina (2,5%), São Paulo (2,0%), Mato Grosso do Sul (1,4%), Paraná (1,3%) e Rio Grande do Sul e Pernambuco (com menos de 1% cada).

Nesse mesmo ano, 11 empresas responderam por aproximadamente 30% do volume de água mineral envasada declarado no país. Destacaram-se o Grupo Edson Queiroz, que envasa as marcas Indaiá e Minalba em 11 unidades da Federação (SP, BA, CE, PB, PA, PE, SE, DF, GO, MA, AL), com 8,3% da produção declarada; a Coca-Cola/FEMSA, marca Crystal, envasada em SP, AL, GO e RS, com 4,8% da produção declarada; a Danone, marca Bonafont, envasada em SP, MG e RJ, com 3,3% da produção; a Flamin, marca Bioleve, engarrafada em SP com 2,7%; a Nestlé, marcas Nestlé Pureza Vital, Petrópolis e São Lourenço, em SP, RJ e MG, com 2,1% da produção; a baiana Mineração Canaã, que envasa a marca Fresca, com 1,7%; e o grupo pernambucano constituído das empresas J&E, L&R, Torres e Pedrosa e Pedrosa, também com 2,1% da produção, com as marcas Santa Joana, Cristalina, Serrambi e Lindóia. Quanto ao uso de água mineral para composição de produtos industrializados, a empresa Heineken, que adquiriu as operações da Brasil Kirin em fevereiro de 2017, se destacou com 62,7% do uso declarado em sete unidades da Federação (BA, PE, PA, SP, RS, MA e GO). Ela é seguida pelo Grupo Edson Queiroz, com 17,0%; Flamin, com 6,9%; e Dias D’ávila, com 5,0% do consumo declarado.

Importação

Em 2017, o Brasil importou 2,02 milhões de litros de água mineral, com um valor declarado de US$ 1,10 milhão. Os países de origem foram França (35%), Itália (33%), Noruega (24%), Portugal (6%) e Espanha (1%).

Exportação

O Brasil, em 2017, exportou 658 mil litros de água mineral, equivalentes a US$ 176 mil. Os principais países de destino foram Guiana (57%), Estados Unidos da América (12%), Porto Rico (10%), Paraguai (9%) e Chile (7%).

Consumo Interno

Em 2017, foram consumidos 21,9 bilhões de litros no mercado interno, 5,2% a mais que em 2016, segundo a BMC. Considerando a população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, o consumo per capita no país foi de 105,6 litros por ano.

Na tabela abaixo estão as estatísticas oficiais de produção, importação e exportação de água mineral e potável de mesa no Brasil:

Fonte: ANM/SRDM; Anuário Mineral Brasileiro. (1) produção Engarrafada + Ingestão na fonte + CPI + Importação - Exportação; (2) é difícil obter um preço médio do produto no Brasil, devido à variação em relação aos diferentes produtos/embalagens e às diferentes regiões geográficas, incluindo-se as variações na tributação estadual incidente, (r) revisado, (p) preliminar

Fonte

Fonte: Sumário Mineral Brasileiro 2018


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