Trabalhos realizados por crianças são enviados ao fundo oceânico da Plataforma do Rio Grande

Segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Trabalhos realizados por crianças são enviados ao fundo oceânico da Plataforma do Rio Grande

Copinhos de isopor, desenhados por filhos dos colaboradores do SGB, foram enviados a mais de 2 mil metros de profundidade; o objetivo é mostrar, de forma lúdica, como ocorre a variação de pressão no fundo do mar

Equipe do SGB-CPRM embarcada


O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) promoveu, na última quinta-feira (26), uma expedição oceanográfica até a Elevação do Rio Grande. O motivo da viagem foi obter mais informações sobre relevo, sedimentos e rochas existentes no fundo oceânico do planalto submarino - localizado em águas internacionais, a cerca 1500 quilômetros do litoral brasileiro. A expedição é uma iniciativa do Projeto Prospecção e Exploração de Recursos Minerais na Elevação do Rio Grande (PROERG), coordenado pela Divisão de Geologia Marinha (DIGEOM) do SGB.

Segundo Luciana Pereira Felício, chefe da DIGEOM e coordenadora do projeto, a pesquisa desenvolvida pela Geologia Marinha do SGB, na Elevação do Rio Grande, permitiu que o Brasil solicitasse à Comissão de Limites da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2018, a extensão da sua Plataforma Continental. “Além disso, a pesquisa viabilizou a identificação da ocorrência de crostas ferromagnesianas - ricas em metais nobres -, fundamentais para a indústria de baterias e fontes alternativas de energia limpa”, explicou.


Pesquisa também é diversão

Na ocasião, os pesquisadores embarcaram com copinhos de isopor desenhados por filhos (as) de colaboradores do SGB. A ideia é apresentar às crianças, de maneira lúdica, como ocorre a mudança de pressão no fundo oceânico.

Copinhos ilustrados pelas crianças

A oceanógrafa e idealizadora do projeto, Maria Aline, reuniu os copinhos, enviados pelas Regionais do SGB. Ela explicou que o material será levado até 2 mil metros de profundidade, junto ao equipamento de coleta de sedimento do fundo oceânico. À medida que o copo desce, o ar é espremido para fora do isopor e o copo encolhe. Quanto mais fundo, maior a pressão, e, consequentemente, menor ficará o copo.“É incrível ver a bolsa sumir no mar abarrotada de copos decorados, para voltar com miniaturas em seu lugar. Estamos ansiosos para ver os desenhos que irão criar e devolver essas miniaturas, comprovando a grande força da pressão das profundezas do mar”, acrescentou.

Após o retorno da expedição, a DIGEOM, em parceria com os programas SGBEduca e Museu e Movimento (MCTer), irá organizar uma exposição divulgando o trabalho das crianças. “Os copinhos serão devolvidos aos seus donos com um pouquinho dos sedimentos coletados no fundo do mar. Essas amostras são únicas e tão inacessíveis quanto amostras de rochas da Lua”, disse Maria Aline.

Efeito da pressão do mar nos copinhos


Núcleo de Comunicação, com informações da DIGEOM
Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM)
Ministério de Minas e Energia
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