Serviço Geológico do Brasil identifica mais de 2 mil pessoas em áreas de risco em cidades de Alagoas

Quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Serviço Geológico do Brasil identifica mais de 2 mil pessoas em áreas de risco em cidades de Alagoas

Estudos realizados em Santana do Ipanema e Poço das Trincheiras foram publicados nesta semana. No estado, o órgão federal já avaliou 32 cidades, com a identificação de mais de 74 mil alagoanos vivendo em áreas de risco

Estudo identifica áreas de risco em Santana do Ipanema; mais de 02 mil pessoas vivem em áreas de risco na cidade.

O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) publicou, nesta semana, os resultados dos estudos que avaliaram as áreas de risco nas cidades de Santana do Ipanema e Poço das Trincheiras, no estado de Alagoas, onde foram identificadas cerca de 2400 pessoas em oito localidades classificadas de muito alto risco para inundação entre os dois municípios. Com a publicação, a instituição amplia para 32 o número de cidades avaliadas, com a identificação de aproximadamente 74,5 mil alagoanos vivendo em 196 áreas de risco.

O objetivo deste estudo é apontar à Defesa Civil e aos gestores municipais, estaduais e federais quais são as áreas prioritárias para a implantação de ações de gerenciamento, mitigação, monitoramento e resposta frente aos desastres naturais. “O mapeamento das áreas de risco geológico é feito em campo, juntamente com a Defesa Civil municipal. Durante o mapeamento, são percorridas as porções urbanizadas da cidade com foco na identificação de áreas que possam desenvolver ou serem atingidas por eventos adversos de natureza geológica, com potencial de causar perdas ou danos diretos à comunidade”, explica o coordenador-executivo da Setorização de Risco Geológico do SGB, o geólogo Julio Cesar Lana.

Entre as duas cidades, o maior número de pessoas em risco está localizado em Santana do Ipanema. De acordo com o estudo, foram cartografados seis setores de risco geológico com muito alto risco para inundação: as ruas São Paulo e Professor Enéas, além dos bairros Domingos Acácio, Baraúna, Delmiro Golveia e Santa Luzia. Nestas localidades, foram identificados cerca de 570 imóveis onde vivem aproxidamente 2300 pessoas. O estudo está disponível para consulta pública e pode ser acessado aqui

Dashboard mostra dados das cidades alagoanas com avaliação das áreas de risco realizada pelo Serviço Geológico do Brasil.

“Para um município construído sobre as planícies aluvionares do Rio Ipanema, região que se caracteriza por ser uma área plana, com solos naturalmente inundáveis e com alta suscetibilidade à inundação, é esperado que os setores de risco estejam vinculados ao processo de inundação, tal como ocorre em Santana do Ipanema. O evento registrado em 2020 foi o maior evento registrado, afetando mil e quatrocentos habitantes. O nível do Rio Ipanema chegou a ficar sete metros acima do normal, sendo essa a maior elevação já registrada nos últimos 40 anos”, descreve trecho do relatório do estudo assinado pelos pesquisadores José Milton Oliveira e Bruno Elldorf.

Em Poço das Trincheiras, onde os estudos foram realizados pelos mesmos pesquisadores, as áreas de risco foram identificadas nas ruas São Sebastião e Ipanema, onde vivem cerca de 300 pessoas em aproxidamente 70 imóveis com muito alto risco de serem afetados por inundação em períodos chuvosos. Para acessar as informações referentes ao município, basta acessar aqui
Os dados dos 32 municípios alagoanos avaliados pelo SGB também estão disponíveis e podem ser acessados aqui.Para uma visualização ampla dos dados, o SGB também disponibiliza um dashboard com dados por estado. Os de Alagoas podem ser conferidos aqui

Lucas Alcântara
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Imprensa@sgb.gov.br

  • Imprimir