Rede de monitoramento das bacias hidrográficas Piracicaba-Capivari-Jundiaí é tema de debate no XXII Congresso de Águas Subterrâneas

Sexta-feira, 05 de agosto de 2022

Rede de monitoramento das bacias hidrográficas Piracicaba-Capivari-Jundiaí é tema de debate no XXII Congresso de Águas Subterrâneas

Franzini apresenta o Plano de Monitoramento das Águas Subterrâneas do Comitê de Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba-Capivari-Jundiaí

Promover o conhecimento hidrogeológico, especialmente sobre os aquíferos Tubarão e Cristalino (SP), e auxiliar na proteção e conservação dos recursos hídricos subterrâneos. Foi com esse objetivo que a pesquisadora do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), Andrea Franzini, apresentou, nesta quarta-feira (03), durante o XXII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, um panorama sobre o Plano de Monitoramento das Águas Subterrâneas do Comitê de Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba-Capivari-Jundiaí – nos estados de São Paulo e Minas Gerais.

A bacia hidrográfica Piracicaba-Capivari-Jundiaí comporta 7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O desenvolvimento econômico baseia-se, principalmente, em atividades industriais e agrícolas, que demandam uma enorme quantidade de água. Diante desse cenário, os principais aquíferos explorados, na região, são o Tubarão e o Cristalino.

Em sua palestra, Franzini explicou que o uso e a ocupação do solo - aliados ao aumento da atividade produtiva do homem - vêm, ano a ano, aumentando exponencialmente a demanda por água subterrânea. Isso impacta diretamente na disponibilidade de recursos hídricos, aumentando a vulnerabilidade dos aquíferos, da região.

A pesquisadora também abordou a necessidade de se estabelecer uma gestão integrada dos recursos hídricos - superficiais e subterrâneos - nas bacias, obedecendo alguns critérios de seleção de áreas prioritárias a serem monitoradas, tais como: Locais com intensa exploração de recursos hídricos subterrâneos; densidade de poços – quando poços extraem grandes volumes de água -; áreas contaminadas; e locais próximos à rede de monitoramento hidrometeorológico existente.

Andrea finalizou a apresentação mostrando que, por meio das análises realizadas, foi feita uma projeção de distribuição e implementação de poços, por um período 15 anos. A avaliação estipulou a necessidade de implementar uma rede constituída por 151 poços de monitoramento. Destes, 49 poços para avaliar a qualidade do aquífero profundo; 99 poços rasos; e três poços profundos projetados para avaliar qualidade e piezometria.

Priscilla Klein
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
Ministério de Minas e Energia
imprensa@cprm.gov.br
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