Projeto Geodiversidade, do Serviço Geológico do Brasil, inicia atividade de campo no Geoparque Seridó, no Rio Grande do Norte

Terça-feira, 23 de maio de 2023

Projeto Geodiversidade, do Serviço Geológico do Brasil, inicia atividade de campo no Geoparque Seridó, no Rio Grande do Norte

Brasil conta com três territórios reconhecidos como Geoparques Mundiais da Unesco


Geoparque Seridó


Os geoparques são importantes para a valorização local. Há muitos estudos realizados por cientistas brasileiros para apresentar projetos de Geoparques à Unesco, visando fomentar um sentido de pertencimento dos seus habitantes, estimular o geoturismo e promover o desenvolvimento sustentável de cada região.

Atualmente, no Brasil, três territórios são reconhecidos como Geoparques Mundiais da Unesco: Geoparque Araripe, no estado do Ceará; Geoparque Seridó, no Rio Grande do Norte; e Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul, que abrange três municípios do Rio Grande do Sul e quatro de Santa Catarina.

Os geoparques são regiões com rica geodiversidade, onde são preservados fósseis, geomonumentos e rochas de milhões de anos. Todo esse patrimônio é fundamental para entender a evolução do planeta. Além disso, contribui para a valorização da biodiversidade local e de aspectos socioculturais, como culinária, artesanato, folclore e outros.

O reconhecimento dos geoparques brasileiros passa pela atuação do Serviço Geológico do Brasil (SGB), que trabalha como indutor no processo de reconhecimento, ao elaborar propostas de geoparques em todo o país.

A partir desse contexto, o Serviço Geológico do Brasil (SGB), por meio da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT) e Departamento de Gestão Territorial (DEGET), se destaca com o Projeto Geodiversidade e inicia atividade de campo no Geoparque Seridó, no Rio Grande do Norte. A ação busca contribuir fornecendo informações voltadas à ocupação urbana, agricultura, recursos hídricos, recursos minerais e geoturismo.

O objetivo é levantar dados sobre os tipos de rochas, formas de relevo, aspectos hidrogeológicos e hidrológicos, ocorrências minerais e locais de interesse para o desenvolvimento de geoturismo. A partir dessa validação, serão gerados: mapa da geodiversidade, acompanhado de banco de dados georreferenciados, além de atlas digitais e resumo executivo, cujos primeiros resultados já poderão estar disponíveis em 2024. Faz parte também desse estudo o levantamento geoquímico ambiental da região, recém-realizado.

O programa Levantamento da Geodiversidade teve início em 2006 e representa uma síntese dos grandes geossistemas formadores do território nacional (diversos componentes naturais, como rocha, relevo, solo e água), que se encontram em conexão uns com os outros, a partir de uma análise da constituição litológica da área, o que evidencia suas adequabilidades e limitações.

O coordenador-executivo do Departamento de Gestão Territorial (DEGET), Raimundo Almir C. da Conceição, destacou que a geodiversidade é parte importante da diversidade global e é essencial para estudo da história da Terra e para compreensão dos processos geológicos e ambientais e suas relações com a biodiversidade e formas de ocupação do terreno. “É um valioso recurso de conservação, gestão e educação ambiental, turismo, geologia e pesquisa científica; desenvolvimento econômico, como exploração de recursos naturais e construção civil; e planejamento urbano e territorial”, informou.

Em 2020, o Geoparque Seridó foi reconhecido pela Unesco como um geoparque de caráter mundial pelas suas características peculiares, que contam os últimos 600 milhões de anos de história da Terra, além de abrigar uma das maiores reservas minerais de scheelita da América do Sul, que é muito utilizada na indústria eletrônica. O geoparque abrange os municípios de Acari, Carnaúba dos Dantas, Cerro Corá, Currais Novos, Lagoa Nova e Parelhas, no estado do Rio Grande do Norte.

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