Centro de Saúde Ocupacional enaltece a campanha do Outubro Rosa

“Este é um mês de reflexão sobre a saúde da mulher como um todo. Por meio de cuidados rotineiros fundamentais, podemos prevenir o avanço de uma doença que, na maioria das vezes, se desenvolve de maneira silenciosa” ressaltou a coordenadora do Centro de Saúde Ocupacional (CSO) do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), Juliana Barros, sobre a importância do Outubro Rosa - mês que dá visibilidade à campanha mundial voltada à prevenção do câncer de mama e do colo do útero.

A ação impulsiona a conscientização feminina sobre as doenças, de forma que haja maior acesso à prevenção e aos serviços de diagnóstico, contribuindo para a redução da mortalidade ocasionada pela enfermidade.

“O Outubro Rosa enfatiza a necessidade da mulher conhecer seu próprio corpo, para que possa estar atenta a possíveis alterações que necessitam de avaliação médica”, avaliou Juliana, que, ainda, relembrou a necessidade do autoexame e da realização de exames de rotina, como a mamografia - tida como o principal método de avaliação precoce de diagnóstico do câncer de mama.

Segundo a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer, o câncer mamário é o mais frequente na população feminina mundial, com aproximadamente 2,3 milhões de novos casos estimados, somente em 2020. A doença é causada pela multiplicação desordenada de células anormais no revestimento dos ductos mamários ou nos lóbulos das glândulas mamárias, que formam um tumor com potencial de invadir outros órgãos.

Assim como a enfermidade que afeta os seios, o câncer de colo de útero é uma disfunção celular que culmina em um tumor com chances de metástase. Pode, também, ocorrer em outra região do corpo, no final do canal vaginal. Em quase todos os casos, esse câncer é resultado de infecção pelo papilomavírus humano (HPV). Por conta deste fator, a vacina contra o HPV é a maior medida de prevenção à doença, que é o terceiro tipo de tumor mais comum em mulheres, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer.

A coordenadora do CSO considera que o ponto alto do Outubro Rosa está na promoção da saúde. “Nosso foco está em alertar as mulheres do SGB-CPRM sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero, enfatizando a alta probabilidade de tratamento e cura quando a doença é identificada nas fases iniciais”. Juliana destacou que a proposta do setor é “levar informações sobre a necessidade da regularidade de consultas médicas, de acordo com a indicação e faixa etária, além da necessidade de realização de exames anuais, prescritos pelo médico assistente.”

História do Outubro Rosa

A campanha teve início nos Estados Unidos da América, sendo consagrada pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, que, durante a primeira Corrida pela Cura, realizada em 1990, na cidade de Nova York, lançou o símbolo do movimento: o laço rosa. O ícone foi distribuído para que os participantes utilizassem durante a corrida, dando início a popularização do apetrecho e da causa.

Durante a década de 90, o Outubro Rosa foi, gradativamente, aderido por diversos estados estadunidenses, até ser reconhecido pelo Congresso Americano e se espalhar pelo mundo. Inicialmente, a campanha abordava apenas o câncer de mama, mas passou a disseminar informações sobre o câncer do colo do útero também.

A ação chegou ao Brasil nos anos 2000, tendo o Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32 - monumento paulista - iluminado de rosa, em outubro de 2002. Este foi o primeiro marco da campanha no País. Entretanto, a iniciativa só foi reconhecida legalmente em solo brasileiro anos mais tarde, com a promulgação da lei 13.733, de 16 de novembro de 2018.

Sintomas e diagnóstico dos cânceres do colo do útero e de mama

O câncer de colo de útero não costuma dar sinais em seus estágios iniciais, geralmente apresentando sintomas apenas com o avanço da doença. Sangramento vaginal anormal e sangramento menstrual mais prolongado que o habitual podem ser alguns alertas para a ocorrência de tumor no fim do canal vaginal. Para diagnosticar precocemente, é recomendado a realização de exames de Papanicolaou e pélvicos regularmente a partir do início da atividade sexual.

Já o câncer de mama é mais evidente desde o início, tendo como principal sintoma a incidência de caroços no seio e saída de secreções do seio, e alterações na sua pele, como outros sinais da doença. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que, a partir dos 40 anos, toda mulher deve realizar a mamografia anualmente.

Amanda Rosa
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
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