Centro de Geociências Aplicada faz retrospectiva de suas atividades e aborda os principais desafios para 2023 no âmbito de Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Centro de Geociências Aplicada faz retrospectiva de suas atividades e aborda os principais desafios para 2023 no âmbito de Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

No primeiro dia do encontro, profissionais renomados da área de Geociências apresentaram estudos para o desenvolvimento do Brasil



O Centro de Geociências Aplicada (CGA) do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) realizou um encontro virtual para apresentar um balanço das atividades desenvolvidas em 2022, além de debater as metas e desafios para 2023. O evento evidenciou a evolução do SGB como Instituição de Ciência e Tecnologia e contou com apresentações sobre temas científicos considerados estratégicos para o Brasil, entre os quais: minerais para a nova matriz energética, dependência brasileira por fertilizantes, potencial brasileiro para novas descobertas de óleo, gás e minerais críticos. Reunindo técnicos, pesquisadores do Centro e representantes de instituições parceiras, o encontro teve início nesta terça (10) e segue até quarta-feira (11).

Algumas das ações do CGA sobre Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) tem como objetivo contribuir cientificamente para a descoberta de novos depósitos de minerais estratégicos, buscar novas ideias geológicas e novas fontes alternativas de recursos minerais. No encontro, foi ressaltado que os projetos de PD&I, coordenados e executados pelo CGA, são geridos como unidade de negócio. O CGA, também, busca promover uma cultura de colaboração com as diretorias do SGB.
O diretor-presidente do SGB-CPRM, Cassiano Alves, abriu o evento explicando que o SGB é uma Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) e, por meio de seu Núcleo de Inovação e Tecnologia (NIT), aplica a política de PD&I.

“Somos uma instituição em franca transformação, que, para alcançar o desenvolvimento da Ciência, ao longo dos anos, tivemos de empreender modificações estruturais. Para sermos parte deste novo tempo, precisamos ter espírito e estrutura das principais empresas e instituições de ciência e tecnologia do século 21. Nesse sentido, a missão do CGA - como centro que coordena, articula e implementa as ações de nossa instituição - é muito nobre e os desafios são de uma grandeza incalculável”, salientou o diretor ao afirmar que o CGA conta com o suporte e recursos da Diretoria-Executiva e do Ministério de Minas e Energia (MME), órgão ao qual o SGB é vinculado.

Em seguida, o coordenador do CGA, Rodrigo Adorno, responsável pela organização institucional dos projetos de PD&I, deu início às apresentações fazendo um balanço das atividades do CGA, no âmbito do Núcleo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, que concentra os projetos do SGB de PD&I. Ele revelou que o trabalho do CGA é feito em parceria com diversas instituições acadêmicas, com as demais diretorias da empresa, contando com o financiamento de empresas e institutos de pesquisa público-privadas.

Ele explicou, ainda, que o CGA atua como facilitador, concentrando e trazendo a expertise de operacionalização dos projetos, não se apropriando de ideias, de modo que qualquer pesquisador pode apresentar um projeto de PD&I. “Dessa forma, o que inicialmente seria um projeto individual, passa a ser uma ação institucional”, complementou.


Desafios e Perspectivas para 2023

Durante a apresentação, o coordenador destacou as perspectivas futuras para o setor de óleo e gás, setor mineral, bem como a carteira de projetos de PD&I do SGB, abordando suas diferentes fases de execução no ano de 2022. São oito linhas de pesquisa: Agrogeologia; Arquitetura da Litosfera e Processos Mineralizantes; Big Data e Modelos Numéricos em Processos Geológicos; Fontes Energéticas Alternativas e Minerais do Futuro; Geodinâmica Equatorial e Atlântico Sul; Geodiversidade e Impactos Ambientais; Tectônica Continental e Análise das Bacias; e Melhoria da Infraestrutura Laboratorial do SGB.

Alguns dos principais desafios que o CGA traçou para 2023 consistem em recompor sua equipe, dar continuidade ao Projeto de Infraestrutura com a Petrobras, aumentar a eficiência das parcerias com as diretorias nos assuntos de PD&I e acompanhar a implementação da Política de Inovação e PD&I da instituição.

Na sequência Leonardo Lopes falou sobre Datação de Eventos Tectônicos; Leandro Bertossi tratou do Sequestro de Carbono na Porção Sudeste do Brasil; Carlos Ganade abordou as Colisões Continentais Modernas; Reiner Neumann discorreu sobre a Recuperação de Cobalto (Co) como Subproduto de Níquel (Ni) a partir de Minérios Lateríticos por Rotas Hidrometalúrgicas; Chris Vasconcelos palestrou sobre Microrganismos nos Processos Geológicos; e, por fim, Sylvia dos Anjos falou sobre Petróleo no Brasil, Pré-Sal, Fronteiras Exploratórias e Transição Energética.

O chefe do CGA, Noevaldo Teixeira, encerrou o evento agradecendo aos participantes, reforçando a necessidade de continuidade do projeto de infraestrutura laboratorial com a Petrobras, além de uma maior interação do CGA com as demais diretorias do SGB. Ressaltou, também, que “o CGA tem um enorme desafio diante da transição energética, sendo cada vez mais imprescindíveis as parcerias com o setor produtivo”, concluiu.

Assista, na íntegra, a reunião do CGA:https://www.youtube.com/watch?v=09hGhZ4mAQ8

Priscilla Klein
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
Ministério de Minas e Energia
imprensa@sgb.gov.br
  • Imprimir