RADAM-D

RADAM-D

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O Projeto RADAM foi um esforço pioneiro do governo brasileiro na década de 70 para a pesquisa de recursos naturais, sendo organizado pelo Ministério de Minas e Energia através do Departamento Nacional da Produção Mineral - DNPM, com recursos do Plano de Integração Nacional - PIN. Na época, o uso do radar de visada lateral (SLAR - side-looking airborne radar) representou um avanço tecnológico, pois, sendo um sensor ativo, a imagem podia ser obtida tanto durante o dia quanto à noite e em condições de nebulosidade, devido às microondas penetrarem na maioria das nuvens.

Em outubro de 1970, criou-se o Projeto RADAM - Radar na Amazônia, priorizando a coleta de dados sobre recursos minerais, solos, vegetação, uso da terra e cartografia da Amazônia e áreas adjacentes da região Nordeste. Em junho de 1971 iniciou-se o aerolevantamento. Devido aos bons resultados do projeto, em julho de 1975 o levantamento de radar foi expandido para o restante do território nacional, visando ao mapeamento integrado dos recursos naturais e passando a ser denominado Projeto RADAMBRASIL.

Nesses projetos, a plataforma utilizada foi um avião Caravelle, com altitude média de 11 km e velocidade média de 690 km/h, tendo como sistema imageador o GEMS (Goodyear Mapping System 1000), operante na banda X (comprimentos de onda próximos a 3 cm e frequência entre 8 e 12,5 GHz).

A altitude da aeronave foi controlada por radar altímetro Stewart-Warner, com precisão de 50 metros. O posicionamento do avião foi obtido com plataforma inercial do tipo Litton, apoiado em terra por estações SHORAN com alcance de 400 km e por estações de posicionamento via satélite TRANSIT, com precisão de aproximadamente 15 metros, referidas ao datum geodésico de Córrego Alegre.

O aerolevantamento foi realizado em linhas norte-sul espaçadas de 27,5 km, ângulo de depressão mínimo 15º e máximo 45º, permitindo imageamento de faixas com aproximadamente 37 km de largura e sobreposição lateral de aproximadamente 25%. O acervo resultante está atualmente armazenado no Serviço Geológico do Brasil - CPRM e inclui negativos e diafilmes das imagens de radar, uma série de registros originais de voo, filmes multiespectrais e infravermelho e os datafilmes, que contêm os registros primários do radar.

Como produtos finais de radar dos projetos RADAM e RADAMBRASIL, foram disponibilizados ao público 550 mosaicos semicontrolados na escala 1:250.000, cobrindo todo o território nacional, editados em papel comum e fotográfico, encontrando-se organizados conforme o Mapa Índice de Referência - MIR do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Esses mosaicos foram processados analogicamente através da técnica de reprodução e ampliação fotográfica, onde cópias em papel foram sucessivamente montadas por processo manual. Assim, são produtos fotográficos de terceira geração e têm resolução menor do que as imagens originais.

Os negativos e diafilmes de radar originais estão isentos da degradação da qualidade das imagens, própria do processo analógico utilizado na montagem dos mosaicos. Isso pode se traduzir em benefício para os trabalhos de interpretação das imagens.

Considerando ainda que as imagens de radar são eminentemente fisiográficas, não estando sujeitas à descaracterização temporal, aliado aos benefícios que elas podem trazer para a sociedade em geral e a possibilidade de sua imediata disseminação, é recomendável que seja priorizada a sua preservação.

O Projeto RADAM-D, executado na CPRM, consiste na realização de um processo que permite a preservação das informações dos negativos e diafilmes originais, a partir da sua digitalização. Na sua execução pode-se distinguir as seguintes atividades: inventário do material existente; esquematização da distribuição espacial das faixas imageadas; digitalização das imagens em scanner de alta resolução; tratamento e edição das faixas imageadas e divulgação.


Contato e Informações

Coordenador - Sérgio Azevedo Marques de Oliveira - sergioaz@sgb.gov.br
Supervisora - Iris Pereira Escobar - escobar@sgb.gov.br
Equipe técnica - Solange Picanço Souza Lima, Rafael Luiz do Prado, Mariana da Fonseca Sá e Silveira

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