Cooperação Brasil – Coreia do Sul

Cooperação Brasil – Coreia do Sul

As ações da cooperação Brasil - Coreia do Sul iniciaram-se em novembro de 2004 com a visita ao SGB, Rio de Janeiro, da missão coreana liderada pelo então Presidente do Korea Institute of Geoscience and Mineral Resources – KIGAM. Na ocasião foi assinar o Memorando de Entendimento (MOU), previamente discutido e consolidado pelas Partes – SGB e KIGAM. Objetivando a seleção de futuras propostas de projetos de interesse mútuo a missão coreana manifestou intenção de desenvolver projetos de pesquisa no Brasil financiados pela iniciativa privada daquele país.

Tendo em vista a vasta experiência do KIGAM em tecnologia Geographical Information System (GIS) aplicada à pesquisa geológica, as Partes acordaram a transferência sobre tecnologia da informação para técnicos do SGB, à curto prazo. E, em 2005, foi assinado o Acordo “Agreement for the Development of a Geographical Information System for Data Management and Prediction Mapping of Geological Hazards and Mineral Potential”.

Nesse contexto foram ministrados por técnicos do KIGAM dois (02) cursos no SGB, Rio de Janeiro, com duração de um mês cada:
(i) Em junho de 2006: Curso “Modelagem Espacial de Dados GIS", módulo I, com a participação de 12 (doze) técnicos de diferentes unidades regionais do SGB;
(ii) Em setembro de 2007: cursos “Metodologia Likelihood Ration”, ou “Metodologia Razão por Semelhança”, módulo II, ministrado para 10 profissionais brasileiros.

O treinamento sobre o módulo I teve como objetivo desenvolver um sistema GIS para o cadastramento de dados para ser aplicado: (a) Em reconhecimento de áreas de riscos geológicos gerados por eventos extremos de deslizamentos (land-slide) e/ou de inundações (flood), entre outros; (b) Na delimitação de áreas potencialmente mineralizadas.

O treinamento – módulo II teve como foco o desenvolvimento do sistema para a elaboração de mapas de previsão, tanto no tema desastres naturais como também para áreas mineralizadas.

Numa fase subsequente, objetivando a aplicação do conhecimento adquirido durante o treinamento o SGB submeteu ao KIGAM 02 (duas) propostas de projetos:
(i) Tema riscos geológicos: Projeto Geological Hazards in Angra dos Reis Area, Rio de Janeiro, Brazil.
(ii) Tema áreas mineralizadas: Projeto Mapa Previsional para Ouro da Província Mineral do Tapajós, Amazônia, Brasil.

Dando prosseguimento as atividades dos 02 (dois) projetos aprovados pelas Partes, em agosto de 2006, um (01) técnico do SGB viajou à Coréia do Sul, e em conjunto com técnicos do KIGAM, processaram, usando o método Likelihoo Ration , as informações disponíveis e elaboraram o Mapa Provisional para Ouro no Tapajós em GIS, na escala de 1:250.000, com margem de acerto de 89%. Este trabalho representa o resultado da transferência de tecnologia do KIGAM para o SGB, tendo permitido o desenvolvimento de um sistema para cadastramento de dados e consequente elaboração de mapas de previsão, com base em informações GIS.

Com sua aplicação foi possível mapear áreas de diferentes classes de previsão para ocorrência de depósitos de ouro, no caso em estudo, para a Província Tapajós. O resultado foi publicado em revista do KIGAM. Posteriormente, em 2008 esse produto foi inserido no livro Província Mineral do Tapajós: Geologia, Metalogenia e Mapa Previsional para Ouro em SIG, Capítulo XI, lançado no III Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral (SIMEXMIN), em Ouro Preto, Minas Gerais, e no 44º Congresso Brasileiro de Geologia, em Curitiba (PR), outubro de 2008.

Em continuidade, em julho de 2008 um (01) técnico do SGB viajou para o KIGAM, Coreia do Sul para processar os dados de suscetibilidade geológica da área de Angra dos Reis, RJ, objetivando a elaboração do mapa de movimento de massa, classificando áreas de riscos em diferentes classes de vulnerabilidade do ponto de vista geotécnico na região. Concluída a modelagem foi elaborado o Mapa Previsional e de Suscetibilidade a Movimentos de Massa do Município de Angra dos Reis, Rio de Janeiro, escala 1:250.000. O trabalho permitiu mapear áreas de riscos em diferentes classes de vulnerabilidade, na região em estudo. E, em 2010, em cumprimento ao Acordo Bilateral, foi concluído o relatório final do projeto e encerradas as atividades.



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